segunda-feira, 22 de outubro de 2012


 Suécia


O meu primeiro impulso ao saber que eu escreveria sobre a Suécia foi o de reverenciar as atrizes de filmes eróticos. Sim, confesso que tenho por elas uma enorme estima, mas mudei de ideia. Talvez numa próxima oportunidade.
            A questão que sempre me intriga ao falar sobre uma cultura é que aspecto é mais marcante? Como ser justo sem ser estereotipado, redundante? Para isso, resolvi escrever sobre como a Suécia faz parte da minha vida. Espero que gostem.
A Suécia faz parte da Escandinávia juntamente com Noruega, Finlândia e Dinamarca. Tem como ingredientes principais de sua cozinha a batata, a beterraba, a carne de porco e peixes, além das frutas Silvestres. O clima temperado influência na cozinha de métodos de conservação como marinadas, salga, cura, confits e geleias.
Mas só em 1997 é que me interessei mais sobre a cultura sueca, ou melhor, sobre a sua música. Isso porque ouvi uma música chamada Lovefool, The Cardigans, e como todo romântico me apaixonei pela vocalista. O Platonismo é irresistível no final da adolescência, mas o que vocês fariam se a Nina Persson cantasse assim: Love me, love me, Pretend that you love me
Leave me, leave me,to say that you need me”.



Com alto índice IDH (0,94), alfabetização de 99% da população, Renda per capita US$ 39.100, trata-se de um povo voltado para as artes e educação. Decorre daí o meu segundo encontro com a Suécia, através do cinema fantástico de Ingmar Bergman,“Morangos Silvestres”. Foi indicação de uma amiga e, por isso mesmo, tomo a liberdade de transcrever uma conversa que tivemos sobre este filme:concordo que o primeiro sonho revela a opressão do tempo e como somos impelidos a encarar a nossa finitude. Aí é que está, durante todo o filme somos levados a uma jornada de enfrentamentos dos nossos temores: frio, morte, solidão e culpa. Sonho e realidade dialogam através de um personagem meigo, respeitável e atormentado. A máscara da bondade, da paciência e da compaixão desconfiguram o nosso Dr. Borg. Por isso, ao encontrar um homem no primeiro sonho ele não tem nada de humano. É um boneco corroído pelo tempo, um morto-vivo que pede ajuda a si mesmo. Não seremos todos assim, mesmo em doses diferentes? Não criamos barreiras para proteger a nossa essência e assim afastamos as pessoas do nosso convívio? Conhecer alguém e não julgá-lo é com certeza a tarefa mais difícil que temos. Silêncio, pena e dó constroem a fortaleza perfeita de nós mesmos. Quando este relógio sem ponteiros nos afronta é que percebemos o quanto nos distanciamos do que realmente somos e quanto esforço teremos de fazer para nos reencontrarmos”.
A receita que escolhi para representar um povo cheio de paradoxos saborosos tem relação direta com o título do filme.

Morangos com Requeijão e Baunilha

2  (chá) de essência de baunilha
3  (sopa) de açúcar
750 gramas de morango
75 gramas de avelãs
100 ml de leite gordo
½ quilo de requeijão
1 pitada de sal
1 laranja
2 ovos

Modo de Preparo

Lavar e escolher os morangos, escorrer e retirar as folhas e pés. Separar cerca de 200 gramas que deve reservar para enfeitar, e cortar o resto em pedaços. Bater bem as gemas com o açúcar. Misturar o requeijão. Bater bem as claras em castelo, juntamente com o sal, e colocar por cima da mistura das gemas com o requeijão. Bater as natas com a essência de baunilha. Raspar a casca da laranja e espremer o sumo. Incorporar as natas e as claras batidas ao creme de requeijão. Misturar o sumo de laranja, os morangos cortados e o creme de requeijão. Levar ao frigorífico durante cerca de 2 horas. Picar as avelãs e, no momento de servir, guarnecer o creme com os morangos inteiros e polvilhar com a raspa da laranja e as avelãs picadas.


Referências





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