sábado, 13 de outubro de 2012

Bolo de Mel da Madeira


Bolo de Mel da Madeira





O bolo de Mel da Madeira é um dos doces mais famosos e antigos da ilha da madeira, surgiu no auge da produção do açúcar, no século XVIII. Há porem divergências quanto a sua origem, para alguns o bolo é resultado da chegada de especiarias na ilha, com a descoberta da rota marítima a Índia, para outros o bolo é resultado da secular presença inglesa na ilha, onde o povo adaptou o tradicional pudim de natal dos britânicos.


Independente de sua origem o bolo de mel é tradicionalmente preparado no dia 8 de dezembro, dia de Nossa Senhora da Conceição, para estar bom e ser servido no dia do Natal. É no dia 8 em que começam os preparativos para o Natal e se repartem os últimos pedaços do bolo de mel do ano anterior, já que eles podem ser conservados durante um ano. O bolo de mel da Madeira é feito a base de melaço (mel da cana), especiarias como cravo da Índia e canela, erva doce, amêndoas, vinho madeira, variadas passas, nozes, açúcar, farinha entre outros ingredientes. O bolo possui uma forma redonda e achatada e depois de pronto e frio e embrulhado em papel vegetal ou celofane e guardado em caixas. 

Receita:
Ingredientes:

  • 2,5 kg de farinha ;
  • 1 kg de açúcar ;
  • 750 g de banha ;
  • 500 g de manteiga ;
  • 25 g de erva doce ;
  • 50 g de canela ;
  • 12 g de cravinho-da-índia ;
  • 12 g de cravo-de-acha ;
  • 1 colher de chá de mistura de especiarias ;
  • 2 kg de nozes (com a casca) ;
  • 250 g de miolo de amêndoa ;
  • 50 g de cidrão ;
  • 5 colheres de sopa de bicarbonato de sódio ;
  • 250 g de pão de massa ;
  • 1,8 litro de mel de cana (cerca de 2 garrafas e meia de melaço) ;
  • 1 cálice de vinho da Madeira ;
  • 4 laranjas

Confecção:

Na véspera do dia em que se vai preparar o bolo, compra-se o pão em massa no padeiro ou prepara-se o fermento com 250 g de farinha, 1 dl de água tépida e 10 g de fermento de padeiro. Envolve-se o pão (ou o fermento) num guardanapo depois de passado por farinha e deixa-se ficar em sítio quente de um dia para o outro.

No dia seguinte, peneiram-se as especiarias previamente pisadas; cortam-se as amêndoas, as nozes e o cidrão em bocados; dissolve-se o bicarbonato no vinho da Madeira; derretem-se as gorduras no mel quente; raspa-se a casca das laranjas e espreme-se o sumo.
Peneira-se a farinha e o açúcar para dentro de um alguidar grande, faz-se uma cova ao meio e deita-se aí a massa de fermento; depois vai-se «apagando» o fermento com a farinha, amassando. Quando a farinha e o fermento estiverem bem misturados, começa-se a juntar o mel apenas morno (juntamente com as gorduras) e vai-se amassando.
Depois de se ter adicionado todo o mel, juntam-se os frutos preparados, o vinho da Madeira com o bicarbonato, o sumo e a raspa das laranjas e as especiarias. Amassa-se até a massa se desprender do alguidar. Abafa-se com um pano e um cobertor e deixa-se levedar em sítio morno, a uma temperatura sempre igual, durante 3 a 4 dias. Depois divide-se a massa em porções de 250, 500 ou 750 g conforme o tamanho dos bolos. Deitam-se estas porções de massa em formas redondas, direitas e baixas e muito bem untadas e leva-se a cozer em forno bem quente, depois de se ter enfeitado a superfície com meias nozes, ou amêndoas ou bocados de cidrão.
Querendo, pode-se reduzir a quantidade de nozes ou de outros ingredientes caros; nesse caso aumentam-se as especiarias dando lugar a outro tipo de bolo, o bolo podre. Os primeiros são mais saborosos e os segundos mais apimentados. Depois de cozidos e frios, embrulham-se em papel vegetal ou celofane e guardam-se em caixas. Estes bolos podem conservar-se durante um ano inteiro.




Fotos: Google Imagens
Referencias:


Nenhum comentário:

Postar um comentário