terça-feira, 23 de outubro de 2012

Inglaterra


A lenda do biscoito Ginger Bread

            A culinária inglesa tem um estilo rústico, com influências tradicionais do interior, sendo um tipo de comida simples e caseira.
            O Natal é uma época mágica que é desde o nascimento de Cristo até o aparecimento de lendas pagãs que giram em torno da festividade. Era uma tradição na Alemanha construir casas de pão de mel durante o natal.
            No começo da idade média o gengibre era o ingrediente principal do pão de mel e de bisocitos de gengibres, mas essa especearia não era muito fácil de ser encontrada na Europa.  Devido as cruzadas os europeus tiveram contato com o oriente médio e isso  devastou o seu conhecimento no mundo todo. Sabe-se que ainda nessa época não havia um grande desenvolvimento na arte culinária, sendo que o começo da descoberta foi nos mosteiros.  Foi ai que os religiosos tiveram a inicial idéia de produzir os biscoitos de gengibre com finalidade para comemorar as festas de inverno.
            A Rainha Elizabeth I, da Inglaterra, resolveu pedir aos seus empregados que fizessem homenzinhos de pão de mel com a cara dos convidades nas suas festas de natal. Depois disso a tradição não parou mais de ser realizada na Europa e na América do Norte. O pão de mel nasceu na Rússia por volta do século IX, sendo uma mistura de farinha, mel e suco de frutas. O pão de mel eram feitos em formato de animais com fim de enfeitar as arvores de natal, eram feitos por probres e ricos e como forma de presentear as pessoas.
            Muitos dizem que a tradição do pão de mel é um doce de origem européia e ele sugiu quando os europeus descobriram que o pão de especiarias poderia ser conberto com chocolate derretido para poder prolongar o seu sabor e umidade.
            Sabe-se ainda que os agricultores no período Neolítico usavam pedras quentes para assar um alimento composto de cereais e água, talvez ali surgiram algo como os biscoitos. A origem dos biscoitos de gengibre  reside nas receitas medievais européias  e foi ai que surgiu a história do Biscoitinho de Gengibre.
Era uma vez…
            Uma velha senhora e seu velho marido estavam com fome. Então a velhinha decidiu fazer um biscoito de gengibre, em formato de boneco e colocou no forno, para assar. Quando ela abriu o forno, para tirar o biscoito, o gingerbread man pulou da fôrma e saiu correndo pela janela, que estava aberta. A velha senhora e seu marido gritaram: “Pare! Pare! Estamos com fome e vamos comê-lo!” E o gingerbread man respondeu: “Corra! Corra! Corra o mais rápido que puder! Você não pode me pegar! Eu sou o gingerbread man!”
            Enquanto corria, o gingerbread man encontrou um porco que disse: “Pare! Pare! Eu quero comer você!” E o gingerbread man respondeu: “Corra! Corra! Corra o mais rápido que puder! Você não pode me pegar! Eu sou o gingerbread man!” Mais à frente, o gingerbread man encontrou uma vaca faminta, que também queria comê-lo. E ele repetiu: “Corra! Corra! Corra o mais rápido que puder! Você não pode me pegar! Eu sou o gingerbread man!”
            E todos corriam atrás do gingerbread man: a velhinha, o marido da velhinha, o porco e a vaca, mas ninguém conseguia alcançá-lo. E então um cavalo também viu o gingerbread man e disse: “Pare, homenzinho! Eu quero comê-lo!” E o gingerbread man falou mais uma vez: “Corra! Corra! Corra o mais rápido que puder! Você não pode me pegar! Eu sou o gingerbread man!”
            Então o cavalo também começou a correr atrás do gingerbread man. O pior é que o gingerbread man percebeu que estava correndo em direção ao rio. Ele pensou: “Oh, não! O rio! Agora eles vão conseguir me pegar! Como eu vou conseguir atravessar o rio?” Foi nesta hora que uma esperta raposa saiu de trás da árvore e disse: “Eu posso ajudar você a atravessar o rio. Pule no meu rabo e eu nado até o outro lado.”
            Gingerbread man, desconfiado, perguntou à raposa: “Mas você não vai querer me comer?” E ela respondeu; “Claro que não! Eu só estou tentando ajudar!” O gingerbread acreditou na raposa e pulou no seu rabo. Mas a raposa disse: “Você é muito pesado. Pule nas minhas costas, para eu poder nadar.” E ele pulou. Quando estavam no meio do rio, a raposa disse: “Você é muito pesado. Pule no meu focinho!” E o gingerbread man pulou no focinho da raposa.
            Quando chegar à outra margem, a raposa jogou o gingerbread man para o alto, com a intenção de agarrá-lo com a boca, para poder matar a sua fome. Mas o gingerbread man era mais esperto do que a raposa e saiu correndo, dizendo: “Corra! Corra! Corra o mais rápido que puder! Você não pode me pegar! Eu sou o gingerbread man!” Mas a raposa escorreu na margem do rio, caiu na água e foi levada pela correnteza. E assim, desde esse dia, o gingerbread man corre por aí, sem que ninguém consiga pegá-lo.

Receita: Ginger Bread

Ingredientes:
500g de farinha de trigo
1 colher (chá) de canela em pó
1/2 colher (chá) de cravo em pó
1/2 colher (chá) de  gengibre em pó
1/4 colher (chá) de cardomomo moído
1/4 colher (chá) de sal
100g de mel
150g de açúcar
100g de açúcar mascavo
50g de manteiga
1 colher (sopa) de limão siciliano
1 colher (sopa) de zeste fina de limão
1 colher (chá) de fermento em pó
1 unidade de clara
1 unidade de gema
Qb de água
1 unidade de ovo inteiro batido

Modo de preparo:
Misture todos os ingredientes (menos o ovo inteiro batido), bata o mínimo, acerte o ponto com água até ficar firme.
Abra a massa em uma espessura de 1 cm em uma assadeira forrada com papel-manteiga ou silpat.
Asse em forno a 150ºC , por aproximadamente vinte minutos.
Corte ainda quente.
Pincele com o ovo inteiro batido e dissolvido em pouco de água  e volte ai forno para secar.
Decore com glacê.

Receita: Glacê
Ingredientes:
1/2 unidade de clara
1 colher (chá) de suco de limão
150g de açúcar de confeiteiro

Modo de preparo:
Bata levemente as claras e acrescente o suco de limão.
Misture o açúcar de confeiteiro até formar uma pasta firme.
Use um cone de papel-manteiga para decorar.


Referências Bibliográficas :



segunda-feira, 22 de outubro de 2012


O culpado é o monge!

Bélgica


Hercule Poirot e Tin Tin. Voilá! Meus ídolos de adolescência são belgas, sim senhor. O grande detetive belga, criado por Aghata Christie, que vive suas histórias na Londres cosmopolita e o intrépido repórter, desenhado por Hergé, que corre o mundo atrás de tesouros e enigmas.  É nesta atmosfera de aventura, perigo, racionalidade e liberdade que os ingredientes básicos da cultura belga se desenvolvem e comovem os apaixonados por este país.
Cervejas claras, escuras, encorpadas e frutadas. Ah, onde mais os monges Trappistas seriam responsáveis pelo néctar dos poetas e boêmios? É interessante observar o equilíbrio harmonioso e delicado que atingiu a bebida na gastronomia belga, seja em preparações ou em acompanhamentos.
Os chocolates trufados, os wafles com caldas de frutas e mel e as batatas fritas são referências da cozinha francesa, vizinho geográfico e histórico, cujas preparações e técnicas influenciaram intrinsecamente a cozinha belga.
Nos livros de mistério de Agatha Christie o detetive Poirot sempre acha o culpado, geralmente o mordomo. Mas para entender a riqueza de sabores da cozinha belga podemos eleger os monges como legítimos culpados.


Coelho à moda do cervejeiro

1 Colher (sopa) de açúcar mascavo
1 Colher(sopa) de farinha de trigo
Bouquet garni - amarrado de salsa, tomilho e louro
250 ml de cerveja belga (casas importados)
150 gramas de bacon em cubos
Sal e pimenta-o-reino a gosto
1 coelho em pedaços
50 gramas de passas
50 gramas de banha
20 cebolas pequenas
1 dente de alho
 
Modo de Preparar

Deixar as passas marinando em 100 ml de cerveja. Dourar o bacon e as cebolas em um pouco de banha. Retirar e reservar. Na mesma panela, dourar os pedaços de coelho no restante da banha. Retirar o excesso de gordura, juntar o alho e temperar com sal e pimenta-do-reino. Polvilhar a farinha, misturar bem e acrescentar a cerveja, o bouquet garni, as passas com a marinada e o açúcar. Cobrir com água, tampar a panela e cozinhar por 15 minutos. Voltar com as cebolas e o bacon para a panela e continuar o cozimento por mais 25 minutos. Acertar o tempero e servir, é claro, com uma boa cerveja belga
.


 Referências: www.livrodereceitas.com/interna/belga/belg1002.htm

 Suécia


O meu primeiro impulso ao saber que eu escreveria sobre a Suécia foi o de reverenciar as atrizes de filmes eróticos. Sim, confesso que tenho por elas uma enorme estima, mas mudei de ideia. Talvez numa próxima oportunidade.
            A questão que sempre me intriga ao falar sobre uma cultura é que aspecto é mais marcante? Como ser justo sem ser estereotipado, redundante? Para isso, resolvi escrever sobre como a Suécia faz parte da minha vida. Espero que gostem.
A Suécia faz parte da Escandinávia juntamente com Noruega, Finlândia e Dinamarca. Tem como ingredientes principais de sua cozinha a batata, a beterraba, a carne de porco e peixes, além das frutas Silvestres. O clima temperado influência na cozinha de métodos de conservação como marinadas, salga, cura, confits e geleias.
Mas só em 1997 é que me interessei mais sobre a cultura sueca, ou melhor, sobre a sua música. Isso porque ouvi uma música chamada Lovefool, The Cardigans, e como todo romântico me apaixonei pela vocalista. O Platonismo é irresistível no final da adolescência, mas o que vocês fariam se a Nina Persson cantasse assim: Love me, love me, Pretend that you love me
Leave me, leave me,to say that you need me”.



Com alto índice IDH (0,94), alfabetização de 99% da população, Renda per capita US$ 39.100, trata-se de um povo voltado para as artes e educação. Decorre daí o meu segundo encontro com a Suécia, através do cinema fantástico de Ingmar Bergman,“Morangos Silvestres”. Foi indicação de uma amiga e, por isso mesmo, tomo a liberdade de transcrever uma conversa que tivemos sobre este filme:concordo que o primeiro sonho revela a opressão do tempo e como somos impelidos a encarar a nossa finitude. Aí é que está, durante todo o filme somos levados a uma jornada de enfrentamentos dos nossos temores: frio, morte, solidão e culpa. Sonho e realidade dialogam através de um personagem meigo, respeitável e atormentado. A máscara da bondade, da paciência e da compaixão desconfiguram o nosso Dr. Borg. Por isso, ao encontrar um homem no primeiro sonho ele não tem nada de humano. É um boneco corroído pelo tempo, um morto-vivo que pede ajuda a si mesmo. Não seremos todos assim, mesmo em doses diferentes? Não criamos barreiras para proteger a nossa essência e assim afastamos as pessoas do nosso convívio? Conhecer alguém e não julgá-lo é com certeza a tarefa mais difícil que temos. Silêncio, pena e dó constroem a fortaleza perfeita de nós mesmos. Quando este relógio sem ponteiros nos afronta é que percebemos o quanto nos distanciamos do que realmente somos e quanto esforço teremos de fazer para nos reencontrarmos”.
A receita que escolhi para representar um povo cheio de paradoxos saborosos tem relação direta com o título do filme.

Morangos com Requeijão e Baunilha

2  (chá) de essência de baunilha
3  (sopa) de açúcar
750 gramas de morango
75 gramas de avelãs
100 ml de leite gordo
½ quilo de requeijão
1 pitada de sal
1 laranja
2 ovos

Modo de Preparo

Lavar e escolher os morangos, escorrer e retirar as folhas e pés. Separar cerca de 200 gramas que deve reservar para enfeitar, e cortar o resto em pedaços. Bater bem as gemas com o açúcar. Misturar o requeijão. Bater bem as claras em castelo, juntamente com o sal, e colocar por cima da mistura das gemas com o requeijão. Bater as natas com a essência de baunilha. Raspar a casca da laranja e espremer o sumo. Incorporar as natas e as claras batidas ao creme de requeijão. Misturar o sumo de laranja, os morangos cortados e o creme de requeijão. Levar ao frigorífico durante cerca de 2 horas. Picar as avelãs e, no momento de servir, guarnecer o creme com os morangos inteiros e polvilhar com a raspa da laranja e as avelãs picadas.


Referências





domingo, 21 de outubro de 2012

Portugal

"Delícia das Sinhás"


Portugal tem muitos doces e os mais comuns, são aqueles feitos com muito açúcar e com muita gema. Para retratar todas essas receitas, existe um livro chamado “Delícias das Sinhás”, cujos autores são: Fernando Kassab, Fernando Antonio Abrahão, Deborah D’almeida Leanza e Eliane Morelli Abrahão e a editora é Arte Escrita.
Na obra, os autores se preocuparam em mostrar as delicias que eram feitas pelas Sinhás que moravam em Portugal e que hoje em dia estão esquecidas.
A clara do ovo era usada para engomar roupas. Por isso, os quitutes eram feitos com gemas e açúcar somente. Tem receitas como a “cocada”, “beijinho de moça”, “bolo da mãe benta” e muitas outras que completam mais de 80. Quem desenvolveu e apoiou a obra, foi o Centro de Memória da Universidade de Campinas (UNICAMP).
            Não se pode negar que Portugal foi extremamente importante para alimentação do Brasil, e o livro mostra isso, pois disponibiliza muitas receitas e informações da época em que se foi realizadas as receitas. 

Fonte: saboraromarecordacao.wordpress.com


            O livro tem um publico muito amplo, principalmente na cozinha, onde consegue atingir desde amantes da confeitaria portuguesa até os chefes. O livro tem 127 páginas e encontra por R$ 70,00.
Fonte:apicius.com.br


Rússia



Vodka e Chá russos


Para descrever a Rússia na questão de bebidas, existem duas delas que são totalmente extremas, porém, são as mais ingeridas por lá. Sendo elas a vodka russa e o chá.
Falaremos um pouco da vodka agora:

Fonte: cursorusso.com.br

O surgimento da vodka se deu através das condições do plantio do centeio no país. E para os russos, o significado da palavra vodka é água. Além disso, a vodka é uma bebida que é servida durante as refeições e tem a característica de acompanhar principalmente os pratos como carnes cozidas, peixes e os que têm sabor picante. E também recomendam que se use de acompanhamento para leitão, pratos com trigo sarraceno, costela, carne de ovelha, caviar, salmão e as panquecas com manteiga. 
A vodka quando consumida com esses pratos, faz com que o sabor dela se suavize, faz também com que a gordura presente nos alimentos diminua e que ajude a fazer a digestão mais rápida.
A verdadeira vodka russa é que tem 40% de teor alcoólico e é diluída em água, pois se não for, fica extremamente forte. A vodka é tão importante na Rússia que existe até um museu localizado em Moscow.

O chá russo


O chá foi introduzido em 1618 na Rússia quando um embaixador chinês foi visitar o país. O chá é feito com erva e tem um sabor delicado. Os russos o tomam com suco de limão e costumam tomar de 3 a 5 vezes por dia.
O chá é servido em um recipiente chamado samovar, esse recipiente tem uma mistura de bule com aquecedor de água. E, diferentemente de qualquer outro bule, o samovar tem um sistema que consiste em queimar o chá direto no recipiente e em cima, fica um pote que é preparado o liquido escuro que se chama “zavarka”. E quando vai servir, a água quente esquenta esse liquido escuro que fica no topo.
Um chá chamado “Russian Caravan” é um dos favoritos atualmente, ele é feito de uma mistura de chás pretos e tem um aroma leve. O samovar é um item muito comum na casa dos russos e é mostrado na imagem abaixo:
Fonte: it.dreamstime.com


 Sites Consultados



quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Pálinka

Hungria


Pálinka

Pálinka é uma bebida tradicional húngara, trata-se de um destilado de frutas cultivadas principalmente nas grandes planícies húngaras, é uma bebida forte e possui vários sabores, sendo os principais, cereja, pera, damasco e ameixa.

Somente pálinkas produzidas e engarrafadas na Hungria, com um teor alcoólico de 37% a 86% e feitas 100% com frutas podem ser consideradas autenticas. As verdadeiras pálinkas não precisam adicionar corantes, aromas e açucares, deixando a fruta levar seu próprio mérito. Essa bebida existe ha mais de quinhentos anos e era conhecida como um medicamento, já que acreditavam que era digestiva. Antigamente a pálinka era feita das frutas que não foram utilizadas no final da estação, colocava-se essas frutas em um recipiente ou tambor e agitava para a fermentação acontecer e essa fermentação ocorria durante varias semanas. Formado o purê de fruta, que passa por um processo de destilação, apesar de grandes indústrias destilarem a pálinka, ainda hoje algumas pessoas fazem essa bebida em seus quintais usando fogo e um caldeirão de cobre. 


Apesar de ser uma bebida forte a pálinka deve ser servida em temperatura ambiente para apreciar melhor seu sabor e aroma, pois quando servido muito frio não conseguimos sentir. Servimos a pálinka em uma taça em formato de tulipa e tomamos um gole para apreciar a bebida. Pode ser consumida antes ou depois da refeição. 


Todo ano no mês de maio ocorre um festival em Budapeste chamado Budapeste Pálinka Festival, onde são encontrados mais de 300 tipos de pálinkas, assim como grandes produtores, pequenos produtores familiar vão mostrar suas bebidas neste festival.  O festival ocorre terça-feira, sexta-feira, sábado e domingo e possui uma taxa de entrada com direito a uma taça de degustação.

Lots of stands in the festival area 

Imagens: Google imagens
Referencias:






terça-feira, 16 de outubro de 2012

Alemanha
                        

Bolo Floresta Negra
                                                                 Bolo Floreta Negra
                                       
          Pouca gente sabe, mas este famoso bolo de chocolate coberto com cerejas tem suas origens pregadas na Floresta Negra , uma área verde com 200 km de comprimento localizada no sudeste da Alemanha, vizinha da França e da Suíça, chamada de Schwarzwälder, na Alemanha, no estado de Baden-Württermberg

          O bolo clássico em alemão é "schwarzwalder kirschtorte". A palavra "schwarz" significa negra, "walder" siginifica floresta e "kirschtorte" indica o tipo de elaboração, ou seja, informa que se trata de uma torta ou bolo de "kirsch" ou brady de cereja.
          
Schwarzwälder (Floresta Negra)         
         
         Trata-se de uma região situada na parte ocidental do estado de Baden-Württemberg, e delimitada pelo vale do Reno ao sul e a oeste. Possui cerca de 150 quilômetros de extensão por 50 de largura, espalhados por montanhas, com ponto culminante a 1493 metros de altitude perto de Freiburg, que hospedam as nascentes do rio Danúbio e de vários afluentes do Reno. 

                                                                      Floresta Negra
                                       
          A região também é muito conhecida por outros dois produtos: os relógios de cuco feitos de madeira, símbolo maior da área, e a torta da Floresta Negra, um bolo delicioso feito com chocolate, chantily e cerejas. É considerada uma das regiões com população mais tradicional da Alemanha. As atividades econômicas principais são o turismo e a agricultura. A confecção dos relógios continua sendo uma das principais ocupações, apesar de sua importância ter diminuído nas últimas décadas.


                                                                     Relógio de Cuco
                                          
         Floresta Negra povoa nosso imaginário como um local misterioso e fascinante. Parte desta aura vem da sua locação pelos Irmãos Grimm para contos de fadas como o de João e Maria (Hansel e Gretel no original), Rapunzel, Branca de Neve e Chapeuzinho Vermelho, usando a mitologia local, pródiga em bruxas, lobisomens e criaturas sinistras. A própria denominação da floresta já colabora nesta imagem um pouco lúgubre; alguns argumentam que o nome foi dado pelos romanos devido à pouca luz que a folhagem espessa das árvores deixava passar, outros citam a impressão que os pinheiros escuros causam à distância. Hoje, no entanto, suas paisagens maravilhosas de montanhas, lagos, coníferas e vilas típicas costuram um dos destinos favoritos dos turistas europeus.
                                                                   Irmãos Grimm
                                          
        Abaixo está um link do vídeo da história do bolo de floresta negra: 
                  <http://www.youtube.com/watch?v=vEbBbmRYkY0>

Origem
      
        Uma versão, sendo a mais conhecida, diz que seus ingredientes foram inspirados nos tradicionais trajes das mulheres solteiras locais. O chocolate granulado são como seus vestidos pretos, o creme são as blusas brancas e as exclusivas cerejas produzidas na região são os chapéus com bolas vermelhas conhecidos como bollenhut.

         Uma outra versão para a origem do bolo Floresta Negra afirma que ele foi inventado em 1915, em Bad Godesberg, hoje distrito de Bonn, pelo pâtisser Josef Keller, do Café Anger. Keller transmitiu a fórmula ao aprendiz August Shefer e ele ao filho Claus. Um pâtissier inglês aprendeu a preparar a receita levando-a para Londres. Com o tempo, o bolo foi incluido no cardápio dos restaurantes internacionais.

Receita
       
        Abaixo um vídeo de uma das maneiras de se preparar esse bolo:



Ingredientes:

Massa:
 

• 6 ovos;
• 150 ml de água;
• 1 xícara de chá de açúcar;
• 2 xícaras de chá de farinha de trigo;
• 1 colher de sopa de chocolate em pó;
• 1 colher de sopa de fermento em pó.
Recheio e cobertura:
• 500 ml de creme de leite fresco;
• 3 colheres de sopa de açúcar;
• essência de baunilha;
• chocolate meio amargo ralado;
• cerejas picadas e inteiras.
Calda neutra:
• 1 xícara de chá de açúcar;
• 2 xícaras de chá de água;
• calda de cereja.
Modo de preparar a massa:
Bater as gemas com a água até dobrar de volume, acrescentar o açúcar e bater por três minutos. Juntar a farinha, o fermento e o chocolate em pó peneirados e misturar bem. Por último acrescentar as claras em neve. Colocar em forma untada e levar ao forno para assar em fogo alto por mais ou menos trinta minutos.
Modo de preparar o recheio e cobertura:
Na batedeira colocar o creme de leite, o açúcar e a baunilha. Bater até o ponto de chantilly.
Modo de preparar a calda:
Ferver os ingredientes até a calda ficar amarelada. Retirar do fogo, deixar esfriar e acrescentar a calda de cereja.
Montagem:
Depois de assar o bolo, deixa a massa esfriar e dividir em três partes. Colocar uma das partes em uma assadeira com o fundo falso. Regar a massa com bastante calda até deixá-la encharcada. Espalhar o chantilly com a ajuda de uma espátula sobre a massa.
Cobrir o creme com as cerejas e espalhar raspas de chocolate. Cobrir com a segunda parte da massa, repetir o recheio e cobrir com a última parte da massa. Cortar um papelão no formato de um círculo um pouco maior que a assadeira. Com a ajuda desse papelão virar o bolo e colocar na bandeja onde pretende servir.
Além de ajudar no manuseio do bolo, o papelão também absorve o excesso de umidade.
Com a ajuda de uma faca acertar o recheio até ficar bem liso. Usar o restante do chantilly para cobrir o bolo. Deixar a cobertura lisa e colocar, só na superfície do bolo, raspas de chocolate.
Colocar cerejas sobre o chocolate e na lateral do bolo. Polvilhe com açúcar de confeiteiro sobre o chocolate.

Fotos: Google Imagens
Sites consultados:






sábado, 13 de outubro de 2012

Bolo de Mel da Madeira


Bolo de Mel da Madeira





O bolo de Mel da Madeira é um dos doces mais famosos e antigos da ilha da madeira, surgiu no auge da produção do açúcar, no século XVIII. Há porem divergências quanto a sua origem, para alguns o bolo é resultado da chegada de especiarias na ilha, com a descoberta da rota marítima a Índia, para outros o bolo é resultado da secular presença inglesa na ilha, onde o povo adaptou o tradicional pudim de natal dos britânicos.


Independente de sua origem o bolo de mel é tradicionalmente preparado no dia 8 de dezembro, dia de Nossa Senhora da Conceição, para estar bom e ser servido no dia do Natal. É no dia 8 em que começam os preparativos para o Natal e se repartem os últimos pedaços do bolo de mel do ano anterior, já que eles podem ser conservados durante um ano. O bolo de mel da Madeira é feito a base de melaço (mel da cana), especiarias como cravo da Índia e canela, erva doce, amêndoas, vinho madeira, variadas passas, nozes, açúcar, farinha entre outros ingredientes. O bolo possui uma forma redonda e achatada e depois de pronto e frio e embrulhado em papel vegetal ou celofane e guardado em caixas. 

Receita:
Ingredientes:

  • 2,5 kg de farinha ;
  • 1 kg de açúcar ;
  • 750 g de banha ;
  • 500 g de manteiga ;
  • 25 g de erva doce ;
  • 50 g de canela ;
  • 12 g de cravinho-da-índia ;
  • 12 g de cravo-de-acha ;
  • 1 colher de chá de mistura de especiarias ;
  • 2 kg de nozes (com a casca) ;
  • 250 g de miolo de amêndoa ;
  • 50 g de cidrão ;
  • 5 colheres de sopa de bicarbonato de sódio ;
  • 250 g de pão de massa ;
  • 1,8 litro de mel de cana (cerca de 2 garrafas e meia de melaço) ;
  • 1 cálice de vinho da Madeira ;
  • 4 laranjas

Confecção:

Na véspera do dia em que se vai preparar o bolo, compra-se o pão em massa no padeiro ou prepara-se o fermento com 250 g de farinha, 1 dl de água tépida e 10 g de fermento de padeiro. Envolve-se o pão (ou o fermento) num guardanapo depois de passado por farinha e deixa-se ficar em sítio quente de um dia para o outro.

No dia seguinte, peneiram-se as especiarias previamente pisadas; cortam-se as amêndoas, as nozes e o cidrão em bocados; dissolve-se o bicarbonato no vinho da Madeira; derretem-se as gorduras no mel quente; raspa-se a casca das laranjas e espreme-se o sumo.
Peneira-se a farinha e o açúcar para dentro de um alguidar grande, faz-se uma cova ao meio e deita-se aí a massa de fermento; depois vai-se «apagando» o fermento com a farinha, amassando. Quando a farinha e o fermento estiverem bem misturados, começa-se a juntar o mel apenas morno (juntamente com as gorduras) e vai-se amassando.
Depois de se ter adicionado todo o mel, juntam-se os frutos preparados, o vinho da Madeira com o bicarbonato, o sumo e a raspa das laranjas e as especiarias. Amassa-se até a massa se desprender do alguidar. Abafa-se com um pano e um cobertor e deixa-se levedar em sítio morno, a uma temperatura sempre igual, durante 3 a 4 dias. Depois divide-se a massa em porções de 250, 500 ou 750 g conforme o tamanho dos bolos. Deitam-se estas porções de massa em formas redondas, direitas e baixas e muito bem untadas e leva-se a cozer em forno bem quente, depois de se ter enfeitado a superfície com meias nozes, ou amêndoas ou bocados de cidrão.
Querendo, pode-se reduzir a quantidade de nozes ou de outros ingredientes caros; nesse caso aumentam-se as especiarias dando lugar a outro tipo de bolo, o bolo podre. Os primeiros são mais saborosos e os segundos mais apimentados. Depois de cozidos e frios, embrulham-se em papel vegetal ou celofane e guardam-se em caixas. Estes bolos podem conservar-se durante um ano inteiro.




Fotos: Google Imagens
Referencias: